sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Santiago do Chile - Parte 2: O Entorno da cidade

Além das dicas que dei no post anterior sobre a capital chilena, existem alguns locais próximos dela em que é possível fazer um "bate e volta" e são impedíveis.

* Concha y Toro: Quem gosta de vinhos tem obrigação de ir ao vale central do Chile. E estar em Santiago é ter a oportunidade de visitar diversas vinícolas chilenas e provar os vinhos carmenére (uva que você só encontra no Chile). A Conha y Toro é a vinícola mais conhecida do Chile, mas existem várias outras próximas de Santiago. Eu fui lá duas vezes e não conheci outras, então vou falar sobre ela. Existem dois tipos de tours que podem ser feitos na vinícola, que estão descritos no site da vinícola (http://www.conchaytoro.com). O tour tradicional conta com a visitação, duas degustações de vinho, conhecer o Casillero del Diablo e você leva uma taça de presente pra casa. Já o tour Marques de Casa Concha conta com o mesmo roteiro do tradicional, mas ao final há uma degustação de vinhos de categoria premium (o Marques de Casa Concha) com uma tábua de queijos e pães e que é guiada por um sommelier. Recomenda-se fazer a reserva do tour e horário desejados com pelo menos 48hs de antecedência pelo próprio site da vinícola. Você também pode escolher a língua em que o tour será feito (se eu não me engano, conta com português, espanhol e inglês). A Concha y Toro é de fácil acesso por Santiago, utilizando-se o metrô e um táxi (que leva mais 5mins pra chegar), as indicações você encontra no site.


* Viña del Mar: Um dos meus lugares preferidos no Chile (creio que só perca para o Atacama). É uma cidade litorânea há 1:30hs de distância, aproximadamente. Em Viña tem bastante coisa pra ver. A cidade fica mais atraente no verão, quando é invadida pelos moradores de Santiago (é um balneário). Eu sou suspeita para falar de Viña, eu já fiquei lá durante muito tempo e conheço como a palma da minha mão. As praias são belíssima, porém, as praias mais famosas e baldaladas ficam distantes do centro (Reñaca e Concon), mas se você estiver disposto, qualquer ônibus chega lá (igualmente para os táxis). Eu já fui a Reñaca partindo do centro a pé (são 7kms de distância - só ida). Mas eu estou acostumada a andar (lá é plano, o que facilita muito).


Pertinho, do Mar, na Avenida San Martín (paralela à Avenida Peru, a mais gostosa de se caminhas na cidade), ainda tem o Casino Municipal, que não só tem toda e qualquer jogatina normais em um Casino, mas também há restaurantes e uma discoteca badalada. Existem muitas praças gostosas de ficar admirando o nada. Há também o famoso Reloj de Flores , na praia de Caleta Abarca, construído na época que o Chile sediou a Copa do Mundo de Futebol em 1962. Tem ainda o Museo Fonck, que conta com um Moai da Ilha de Páscoa em sua frente (e dizem que é o único autêncico que se encontra fora da Ilha) e é classificado como um museu de história natural.


Há a Quinta Vergara que é um parque muito agradável, muito arborizado, com flores lindas (e até árvores frutíferas) e que conta com um local de espetáculos no qual ocorre o famoso Festival de Viña del Mar. Também, é onde se localiza o Palácio de Jose Francisco Vergara, fundador de Viña del Mar, que até o ano passado (última vez que visitei) encontrava-se interditado por causa de um terremoto que abalou sua estruturas. Você também encontra diversas estátuas, como os rostos de Pablo Neruda e Gabriela Mistral.


Há também um bom shopping com praça de alimentação com diversas opções (eu sempre procuro aquela que tem wifi). E por fim, mas não menos importante, uma atração à parte, são os Perros de Viña. Você vai ver muitos, mas muuuuuuitos cachorros perambulando pelas ruas da cidade. Mas isto não quer dizer que eles sejam cães de rua, por assim dizer. Se você parar para observar, todos são super bem cuidados, não têm doença, estão bem alimentados, porque a população como um todo cuida deles. Claro, eles vivem na rua, então são sujinhos. Mas todos são dóceis e se você der uma atençãozinha pra eles, vai ter uma companhia por todo o seu passeio. Para viajantes solitários e, principalmente mulheres (como eu), são ótimos acompanhantes. Eles tomam a responsabilidade pra eles e cuidam de você sem que ninguém se aproxime para perturbar (mesmo sendo brasileira e estando de biquini na praia).




Num bate e volta dá para se ter uma boa noção da cidade. Mas se você dispuser de tempo eu sugiro ficar hospedado lá por alguns dias, o ritmo é diferente de uma cidade grande (como Santiago é) e vc pode desacelerar e simplesmente curtir um dolce farniente com vista para o belíssimo (e gelado) Oceano Pacífico. E eu poderia passar a vida inteira só falando dessa cidade... =)

* Valparaíso: Cidade irmã de Viña, as duas ficam próximas uma da outra, havendo, inclusive uma linha de metrô entre elas. Porém, diferente de Viña, a carinhosamente chamada Valpo não é plana, tem várias escadas e um - mais cerros, como em Santiago, porém, você pode contar com a ajudinha dos Ascensores para subi-los. Valparaíso é uma cidade portuária e onde se localiza o Congresso Nacional (ou seja, a sede do Poder Legislativo) do Chile e é Patrimônio Humanidade. Existem diversas opções de passeio. Você pode fazer um passeio de lancha, ver os lobos marinhos, ir na feirinha de artesanato do porto, andar de funicular, ver os monumentos, como o localizado na Plaza Sotomayor, feito em homenagem aos Héroes de Iquique, e a paisagem litorânea consegue ser mais bonita que a de Viña. Aqui também, fica outra casa do poeta Pablo Neruda, La Sebastiana, e todos dizem que é a sua casa mais interessante de visitar. É uma cidade colorida e pitoresca, conhecida como Museu a Céu Aberto, que vale a pena conhecer. Confesso que eu mesma preciso desvendar melhor esta cidade, pois apenas fiz dois "bate e volta" por ela, sem explorá-la direito.


#Dica da Fefa: Quanto a Valparaíso e Viña, é possível visitar ambas as cidades no mesmo dia. Mas neste caso, minha recomendação é de fazer o passeio por uma agência de viagens, porque senão fica um pouco corrido. Se você quiser conhecer as duas individualmente no seu tempo (sem aquele perrengue das excursões), é muito fácil pegar um ônibus na rodoviária em Santiago (próxima a estação de metrô) e se aventurar por sua conta e risco (o que eu recomendo, é o que eu prefiro fazer, gosto de ficar solta e descobrir os lugares por mim mesma). Em ambas as cidades é possível fazer muita coisa by foot (a pé mesmo).

* Valle Nevado: Também é super perto de Santiago. Mas neste caso, a não ser que você conte com um carro alugado e não vá na época do inverno, eu recomendo a contratação de um tour de agência de viagem (eu fui pela Ski Total: http://www.skitotal.cl/). Isto porque como tem muita neve, os veículos que vão para lá precisam ser adaptados com correntes nos pneus para não escorregar. E o caminho é extremamente sinuoso. Existem diversos tipos de tours para conhecer as montanhas nevadas (pedaço dos Andes) que, além do Valle Nevado, conta com Farellones, El Colorado, entre outros. Eu fui na primeira quinzena de outubro de 2013. Já estava com pouca neve e não podia mais esquiar. Mas ainda tinha um pouco de neve e se você nunca viu neve (como era o meu caso) é uma boa oportunidade. Sem dúvida a alta temporada é no inverno, que apesar do frio, pega fogo e atualmente está mais na modinha que Bariloche. Nunca esquiei, mas dizem que é uma boa oportunidade para praticar o esporte, além do snowboard. Não sei como é lá no é verão, provavelmente não vai ter muita neve. Mas já vi opções de passeios alternativos durante esta época.


Bom, com relação a Santiago e seu entorno era o que eu tinha a dizer. Sobre o Chile, ainda darei dicas sobre o Atacama (minha paixão árida) e Ilha de Páscoa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário